Sabemos
que o Estado americano do Missouri tem um passado escravocrata e é ainda
possuidor de um grande ranço de preconceito racial, ainda que com uma população
70% negra.
Entretanto,
os 30% restantes compõem a elite dominante.
Este
Estado, tão preconceituoso quanto outros dos EUA – a Georgia, por exemplo - foi
palco de uma grande explosão racial que se alastrou por vários outros Estados
americanos, chegando, inclusive, à capital Washington.
Na
cidade de Ferguson, em agosto próximo passado, um policial branco assassinou a
tiros uma pessoa da comunidade negra que se encontrava desarmada e sem reação.
Isso suscitou na época uma onda de protestos violentos.
Segundo
as leis do Estado, forma-se um júri que, a portas fechadas, decide, segundo as
provas, se o réu será ou não levado a um tribunal.
No
caso em questão essas pessoas eram compostas por sete brancos e três negros, e
o policial foi inocentado sem necessidade de um julgamento.
Foi
o estopim para uma grande onda de violência por todo o país, já tão mobilizado
pelas divergências políticas entre republicanos e democratas.
Apesar
de ser governado por um presidente negro, os Estados Unidos ainda são
extremamente racista em muitos Estados.
O
que preocupa é que um novo caso de truculência policial, dessa vez contra um
menino negro de 12 anos, também morto por não ter mostrado o revolver de
brinquedo com o qual se divertia, acabou de acontecer, o que, com certeza, fará
recrudescer toda essa violência.
Nada
deverá ser feito num país onde a cultura armamentista, incentivada por uma das
mais poderosas indústrias do mundo, incentiva sua população ao livre porte de máquinas mortíferas, ainda que de
brincadeira.
Triste
pensar que em pleno século XXI, apesar de toda a tecnologia à nossa disposição, ainda nos mantenhamos tão
arraigados a preconceitos jurássicos que
tanto envergonham a humanidade.
Gabriel
Novis Neves
06-12-2014
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