Charles
de Gaulle dizia que “em política ou se trai o país ou o eleitorado”.
Perplexa
com os últimos acontecimentos envolvendo a Petrobras, a população trabalhadora
brasileira chegou à conclusão que o exercício do poder é incompatível com a
ética e a moral.
Triste,
mas, infelizmente esse é o sentimento geral após a divulgação das primeiras
confissões dos envolvidos no assalto à estatal e beneficiados com a delação
premiada.
A
promiscuidade entre agentes públicos e empresários se estende a todos os
contratos de obras existentes no Brasil.
A
propina está institucionalizada e sua viabilidade é trabalho sofisticado de
profissionais qualificados na arte de roubar, afirma didaticamente o Ministério
Público através de gráficos.
O
programa de desvio de recursos públicos, até a entrega aos favorecidos das suas
cotas, era executado nos seus mínimos detalhes por especialista nessa tarefa.
O
marginal responsável pela chegada do mimo às mãos dos felizardos espalhados por
este país, inclusive no exterior, era chamado como passageiro do “voo da
alegria” pelos insaciáveis “sortudos” sugadores do erário público.
Pela
delação premiada ficamos sabendo das mais variadas estratégias montadas pelos
receptadores do dinheiro ilícito.
Méritos
para o entregador da encomenda, pela sua discrição, profissionalismo. Nunca foi
barrado em nenhum aeroporto nacional ou internacional com toda aquela muamba.
Só
foi possível apanhar esse personagem com a delação dos seus chefes.
Com
a certeza que temos agora das ramificações do esquema criminoso contaminando
todas as obras públicas desta nação, e do desinteresse do governo em exterminar
com a impunidade, fica claro que política só se faz sem ética e moral.
Gabriel Novis Neves
14-12-2014
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.