Parece
absurdo, mas, infelizmente, é fato. A mídia mostrou uma cena ocorrida no
Congresso Nacional que chocou a todos.
Uma
senhorinha de 79 anos leva uma “gravata” dos seguranças daquela Casa. Ela
estava ali, junto a outras tantas pessoas, para protestar contra a “presidenta”
e tentar impedir a aprovação da “Lei do Calote”.
Xingamentos
e gritos de ordem contra o PT. Tumulto formado. O presidente do Congresso,
diante da atitude hostil dos manifestantes, ordenou à Polícia Legislativa que
esvaziasse o plenário. No que foi impedido pelos congressistas da oposição.
Sessão
suspensa, claro!
Nesse
tumulto, a senhora de 79 anos levou uma “gravata” de um segurança da casa. Ela
estava irada e indignada com a pretensão de alguns políticos governistas em dar
um jeitinho para alterar a lei de diretrizes orçamentárias para anistiar a
“presidente” do crime de responsabilidade fiscal.
Uma
cena lamentável, deixando claro e patente o despreparo emocional dos
seguranças.
Afinal,
que país é esse que se diz democrático e impede a população de se manifestar
livremente em matérias vitais como essa em questão?
O
mais grave é que os votantes, em sua maioria deputados sob suspeição de
corrupção e conluio com empreiteiras e autoridades, lá estão apenas em função
de troca de favores escusos.
Essa
parcela do parlamento, realmente, não nos representa.
A
revolta geral é de tal ordem que cada vez mais a sociedade civil continua se
manifestando contra tantos desmandos.
Aliás,
é necessário que o poder constituído por um terço da população se conscientize
de que os tempos em que se calavam consciências pela força já há muito se foi e
que, no momento, tentamos a duras penas criar um país em bases democráticas em
que todos possam expressar livremente as suas ideias.
A
sociedade, como um todo, rechaça essa lama que a atinge em função de tantos
desmandos e de tantas ambivalências.
Os
que acreditam que, tal qual na Revolução Francesa, quando governantes
insensíveis, na falta de pão sugeriram brioches, que se acautelem, pois a
paciência e um povo têm sempre os seus limites.
Não
é inteligente subestimar o grau de desespero em que se encontra um povo
aviltado em suas necessidades básicas, mesmo pagando um dos mais altos impostos
do planeta.
Será
mesmo que as autoridades pensam que se consegue “ordem e progresso” através da
força bruta? Esse fato, perante o mundo, nos coloca como terra da barbárie.
Essas
pessoas, que deram a vida para construir esse país, têm como recompensa
salários aviltantes, mal conseguindo manter a sua sobrevivência.
A
cena deplorável de violência exibida em todas as mídias envergonha a todos nós
e mostra o lado perverso de um sistema que nem sequer consegue respeitar os
seus idosos.
Gabriel
Novis Neves
03-12-2014
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