Quem gosta de escrever sabe: às vezes, a inspiração vem com força e as palavras parecem não querer parar.
Logo cedo, levanto da cama, tomo meu café e vou direto para o computador.
Ligo a máquina, abro o Word, e as palavras começam a surgir na tela, formando frases cheias de significado.
Escrevo com pressa, temendo que algo se perca na enxurrada de ideias que ocupa minha mente.
Deixo que elas fluam, conduzidas pelo toque do meu dedo indicador no teclado do laptop.
Se sinto que o texto o texto vale a pena, sigo até o fim, sempre pensando no blog do Bar do Bugre, onde tudo ganha forma e beleza.
Enquanto escrevo, busco um título que desperte a curiosidade do leitor, algo que o prenda e o convide a continuar.
Às vezes, fico com a sensação de estar ‘num mato sem cachorro’, mas insisto — a narrativa não pode se perder.
Telefonemas interrompem meus pensamentos, com paciência, consigo retomá-los.
Brincar com as palavras e com as teclas virou uma deliciosa companhia, um passatempo que descobri na fase mais madura da minha vida.
Antes, minhas horas eram preenchidas pelo trabalho técnico, e mal sobrava tempo para a família.
Hoje, olhando para trás, vejo que tudo aconteceu como deveria.
O tempo não volta, e aceito isso com serenidade.
Afinal, como dizem, ‘Deus dá o frio conforme o cobertor’.
Às vezes, me pergunto: e se tudo isso tivesse acontecido de outra forma?
Mas aprendi a valorizar a simplicidade do presente, especialmente com saúde.
Já não sinto mais necessidade de viajar ou frequentar restaurantes badalados, coisas que marcaram minha juventude.
Agora, tudo que preciso está ao meu alcance, graças as tecnologias modernas.
Assisto a jogos de futebol, filmes, documentários, noticiários, tudo confortavelmente deitado na minha cama.
Converso com amigos, faço transferências bancárias, pago contas, e até admiro as flores do meu jardim — tudo pelo celular.
Não perco reuniões online, e até mesmo os técnicos de manutenção do apartamento são chamados por vídeochamada.
É também assim que mantenho contato com meus filhos, netos e bisnetos.
Ao terminar este texto, percebo que já sei qual o título perfeito para ele:
É bom envelhecer!
Gabriel Novis Neves
07-01-2024
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.