“O Rio de Janeiro continua lindo...”. Suas
belas mulheres, bem mais despojadas do que as de outras partes do Brasil,
combinam com a natureza exuberante das praias e das montanhas que tornam o Rio
uma das mais belas cidades do mundo.
O
carioca nos passa a impressão de liberdade. Despojado, alegre, comunicativo e
belo. Talvez influenciado pela exuberante natureza que cerca a cidade, o
carioca leva o seu dia a dia com leveza, sem dar muito importância aos rígidos
protocolos que toda sociedade quer impor.
E
não estou falando só dos jovens. Grupos de aposentados enchem as praias
diariamente em busca de exercícios e, principalmente, de convívio social.
O
carioca recebe pouco em casa; a praia é a sua grande sala de visitas.
Basta
sair do casulo para ser envolvido pelo brilho e pela luminosidade que invadem
esta cidade.
Com
uma população extremamente comunicativa e cordial, logo amigos inesperados são
feitos, o que faz com que o visitante se sinta imediatamente querido e à
vontade.
Aliás,
este aspecto foi uma das coisas mais observadas pelos turistas que aqui
estiveram para a última Copa do Mundo.
Triste
é apenas ver como uma cidade tão bela foi contaminada pela onda de abandono,
empobrecimento e descaso que afetaram algumas outras cidades do mundo.
O
medo da violência das ruas é visível e, ao anoitecer, os que antes se
deleitavam com os passeios noturnos à beira do mar, se recolhem aos seus lares
ou vão para bares e restaurantes, lotados nos fins de semana.
O
desnivelamento social é patente dada à proximidade entre bairros de maior e de
menor poder aquisitivo, numa tentativa democrática nem sempre bem aceita por
ambos.
Em
decorrência desse abismo social são comuns os casos de pequenos furtos, mesmo
durante o dia.
Nos
fins de semana escaldantes do alto verão, são comuns os arrastões nas praias, o
que afasta a “bela garotada de Ipanema” de sua maior diversão.
Apesar
de todas essas mazelas o Rio continua sendo um grande polo cultural – cinemas,
teatros, exposições de arte, shows e concertos.
Sob
esse aspecto a melhora é incontestável.
Como
em outras tantas grandes cidades mundiais, o empobrecimento é visível. Apesar
da personalidade extrovertida do carioca, se observa um ou outro ar preocupado
no semblante das pessoas.
Uma
cidade que, apesar de deslumbrante, clama por cuidado e atenção.
Senti-me,
nesses dias em que lá estive, como se estivesse em Los Angeles, circulando
apenas de carro, com ruas quase vazias sempre que o sol se esconde.
Entretanto,
o Rio continua lindo. Imbatível!
O
carioca, no aguardo de dias melhores, em que todos possam desfrutar
tranquilamente de suas belezas, vai levando a vida ao estilo de Zeca Pagodinho:
“deixa a vida me levar, vida leva eu, sou feliz e agradeço por tudo que Deus me
deu...”.
Gabriel
Novis Neves
18-11-2014
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