sexta-feira, 25 de dezembro de 2009

CONFISSÃO

Reconhecer um erro cometido é uma virtude, e não sinal de fraqueza. Errei ao afirmar em recente artigo que este ano, por pudor, não iria divulgar o número de mensagens recebidas por ocasião do Natal e Ano Novo.

O mundo mudou e grande parte dos comunicados nos chega via celular. Como utilizo meu telefone móvel somente para receber e dar notícias - pois eu e ele não nos entendemos muito bem em outras áreas - eu nunca verificava, ou contabilizava as mensagens recebidas.

A minha neta de doze anos brincando com o meu celular me disse - entre assustada e surpresa - que eu tinha cento e quarenta e nove mensagens recebidas e não lidas. Também surpreso, pedi que ela abrisse e as lesse; todas eram mensagens de Natal de pessoas queridas. Fiquei satisfeito e logo percebi o erro cometido. Não estou tão esquecido como imaginava! Os tempos é que são outros! A comunicação tradicional feita através de cartas manuscritas e cartões via correio é que foi substituída pelos torpedos e emails.

No Natal recebi quatro telefonemas para o meu fixo. Três tenho certeza que o único objetivo era o abraço pelo dia festivo. Um, porém me causou dúvidas. A conversa iniciou-se com aquele longo rodeio enaltecendo a beleza da data. Depois passeou pelo “departamento” dos agradecimentos - por tudo que fiz para ajudá-los. Os elogios pessoais já estavam de bom tamanho, e logo pensei: “- essa história não vai acabar bem!” Dito e feito. Escutei a colocação fatal: “- aproveitando que estamos conversando em um Dia Santo...” - e vem o pedido, escandalosamente imoral. Evidente que Cristo me deu paciência e tranqüilidade para explicar a impossibilidade de atender aquele pedido.

Vai ser difícil alguém me convencer que o telefonema foi apenas para as felicitações de Natal. O pedido extemporâneo não deixou dúvidas quanto à finalidade do telefonema - com a agravante que estes cumprimentos são sazonais.

Sempre digo aos meus filhos e netos, que “uma coisa é uma coisa”, e que “outra coisa é outra coisa”, e, que jamais confundam “alhos com bugalhos”.

Apesar da frustração sentida por este incidente, fiquei feliz. Percebi que não estou tão esquecido quanto imaginava!

Perdão pelo erro de avaliação e FELICIDADES aos meus queridos amigos e leitores.

Gabriel Novis Neves
25 / 12 / 2009

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