quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

BRUCUTU

No intervalo do piquenique de Copenhague a senadora do Acre, com pós-doutorado em meio ambiente, concedeu uma entrevista à imprensa mundial dizendo que os países ricos, responsáveis pelo desastre ecológico, teriam que pagar em dólares pelo crime que cometeram contra a humanidade. É o mínimo que poderiam fazer para salvar o que resta do planeta.

Pedagogicamente citou o Brasil, que hoje empresta dinheiro ao FMI, para que, simbolicamente, doasse um bilhão de dólares para o Fundo a ser criado para a distribuição desses recursos aos países pobres - agora com a responsabilidade de manter vivos as suas florestas, rios e fauna.

Logo a seguir foi entrevistada a ex-revolucionária, hoje, chefe da delegação brasileira ao piquenique. Contesta a entrevista da doutora da selva tentando, com números, desqualificá-la. Declarou à imprensa que um bilhão de dólares é uma titica para resolver o problema mundial. Com a modéstia que lhe é peculiar e a fineza das suas atitudes, afirma do alto da sua prepotência, que com menos de quinhentos bilhões não haveria a mínina possibilidade de se conversar sobre o assunto.

A velha ex-guerrilheira não entendeu a sutileza da menina do Acre. Partiu para o pau, seguindo os velhos manuais do Caribe. A mãe do PAC e do APAGÃO demonstrou total incompetência política e inabilidade para enfrentar problemas sérios.

Quem ganhou com isto foi a internacionalmente conhecida e respeitada senadora do meio ambiente, Marina. O brucutu inventado para governar o Brasil, não intimidou a frágil (fisicamente) senadora, portadora de seqüelas das doenças ambientais da selva. Pelo menos o Brasil está demonstrando no reino da Dinamarca que algo de podre existe por aqui - e que não é pum.

Os países ricos não estão nem aí para os erros cometidos no passado contra a Natureza. A organização do evento é o mais primitivo possível e o único produto vendável é a vaidade em ano eleitoral. Sem dinheiro, a badalada reunião no frio valeu pela farra. E a Dilma quis matar a Marina...

“- Ah! De quê!” comentou o meu irmão.

Gabriel Novis Neves
15 / 12 / 2009

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