Este mês comprei e ganhei cinco livros, redescobrindo o prazer de abri-los e lembrar dos antigos cadernos escolares.
Fiz um mergulho nostálgico no aroma do papel e na magia das primeiras leituras.
A pressa de ler todos ao mesmo tempo, fez renascer meus tempos de juventude.
O livro novo me desperta a sensação do tato virgem das páginas, algumas ainda coladas, como se hesitassem em permitir a sua abertura.
Os assuntos variam: biografias, histórias das duas cidades mais antigas de Mato
Grosso, romance e até um técnico do Tribunal de Contas.
Pela internet participei de um comemorativo dos cinquenta anos do Curso de Geologia da UFMT.
Hoje irei ao oftalmologista para ver o que é possível fazer para ampliar um pouco a minha visão.
Fiz prótese de catarata, e trabalho com uma tela acoplada ao laptop, escrevendo em letra 16.
Os livros impressos, para baratear o custo, são publicados com letras minúsculas, dificultando — e muito — a leitura.
Talvez a adaptação de uma lupa ao óculo, resolvesse o meu caso.
Como o preço de impressão subiu, diminuíram o tamanho das letras.
Nos livros pela internet posso aumentá-las, e pelo YouTube a leitura se torna mais fácil.
Mas, se por um lado visualizo melhor as leituras digitais, por outro sinto falta do aroma do livro novo que me leva à juventude dos meus primeiros livros escolares.
Na faculdade, onde os livros eram inúmeros e vinham envelopados em papel celofane, eu sentia por dias o perfume gostoso das folhas recém-impressas.
A vida é uma corda onde os extremos estão sempre se tocando, revivendo lembranças — algumas bem distantes.
Por isso defendo a longevidade como uma forma de amar a vida.
Que outros aromas da cidadezinha onde nasci estejam sempre presentes, iludindo-nos com a eterna mocidade!.
Gabriel Novis Neves
14-11-2025
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