terça-feira, 18 de novembro de 2025

LIVRO ANTIGO CHEIRA A PECADO


Este mês comprei e ganhei cinco livros, redescobrindo o prazer de abri-los e lembrar dos antigos cadernos escolares.

 

Fiz um mergulho nostálgico no aroma do papel e na magia das primeiras leituras.

 

A pressa de ler todos ao mesmo tempo, fez renascer meus tempos de juventude.

 

O livro novo me desperta a sensação do tato virgem das páginas, algumas ainda coladas, como se hesitassem em permitir a sua abertura.

 

Os assuntos variam: biografias, histórias das duas cidades mais antigas de Mato

 

Grosso, romance e até um técnico do Tribunal de Contas.

 

Pela internet participei de um comemorativo dos cinquenta anos do Curso de Geologia da UFMT.

 

Hoje irei ao oftalmologista para ver o que é possível fazer para ampliar um pouco a minha visão.

 

Fiz prótese de catarata, e trabalho com uma tela acoplada ao laptop, escrevendo em letra 16.

 

Os livros impressos, para baratear o custo, são publicados com letras minúsculas, dificultando — e muito — a leitura.

 

Talvez a adaptação de uma lupa ao óculo, resolvesse o meu caso.

 

Como o preço de impressão subiu, diminuíram o tamanho das letras.

 

Nos livros pela internet posso aumentá-las, e pelo YouTube a leitura se torna mais fácil.

 

Mas, se por um lado visualizo melhor as leituras digitais, por outro sinto falta do aroma do livro novo que me leva à juventude dos meus primeiros livros escolares.

 

Na faculdade, onde os livros eram inúmeros e vinham envelopados em papel celofane, eu sentia por dias o perfume gostoso das folhas recém-impressas.

 

A vida é uma corda onde os extremos estão sempre se tocando, revivendo lembranças — algumas bem distantes.

 

Por isso defendo a longevidade como uma forma de amar a vida.

 

Que outros aromas da cidadezinha onde nasci estejam sempre presentes, iludindo-nos com a eterna mocidade!.

 

Gabriel Novis Neves

14-11-2025




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