Recebi de uma amiga índia, que mora em aldeia no Parque Indígena do Xingu, uma mensagem pedindo ajuda sobre as queimadas que estão acontecendo nas suas terras.
Ela me encaminhou também um vídeo em que mostra a queimada em sua região e seu desabafo.
Acusa o Ibama de não controlar incêndios em sua área, destruindo a vegetação serrana e animais.
Não respeitaram as árvores frutíferas e a ossada dos animais é enorme.
Ysani que mora na região, está coletando ossos de animais para mostrar às autoridades competentes.
Ela demostra em vídeo que é grande a extensão do cerrado queimado.
Pede a minha ajuda junto ao Ibama para acabar com os incêndios florestais.
O que posso fazer, já que não tenho mandato político, é escrever sobre o que acontece no nosso ‘cerrado e mata alta’, não respeitando as terras indígenas.
A mata queimada tem valor econômico e muitos índios da região são fazendeiros vivendo em conluio com os homens do agronegócio.
Outro grande problema na região é a exploração do garimpo ilegal, causador de grandes conflitos na região.
Alguns índios absorveram hábitos ‘dos brancos’ e se tornaram capitalistas, usufruindo dos prazeres do dinheiro.
Muitos são índios apenas quando vão à Brasília fazer reivindicações e aparecer na TV.
As plantações de soja e criação do gado avançam ‘gloriosamente’ sobre as suas terras, e com o beneplácito da FUNAI.
O Parque Indígena do Xingu tem 16 etnias, divididas em quatro troncos linguísticos e foi fundado por Darcy Ribeiro, Irmãos Vilas-Boas e Marechal Rondon.
São cerca de 5.500 índios e estão rodeados de cidades, predominando entre eles a promiscuidade.
Notícias do Sul informam que o Pantanal — maior planície de terras inundadas do planeta Terra, com suas incríveis queimadas, está sendo preparado para o ‘plantio do arroz’.
Teremos o maior ‘arrozal’ do Brasil com prejuízos incalculáveis para nossa flora e fauna.
Que nossas autoridades do Ibama, ouçam a índia Ysani, estudiosa e vigilante do seu povo, sobre o que está acontecendo.
Ela teme que em breve não existirá o Parque Nacional do Xingu.
Seus limites são com nove municípios mato-grossenses:
Gaúcha do Norte, Querência, Feliz Natal, Paranatinga, São Félix do Araguaia, Marcelândia, Canarana, Nova Ubiratã, São José do Xingu.
As maiores reservas de minérios nobres do mundo estão no nosso cerrado e mata alta.
Vamos ficar de braços cruzados, assistindo à sua destruição?
Gabriel Novis Neves
23-06-2024
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