Para o cuiabano, acostumado às altas temperaturas, uma manhã sem o sol costumeiro é indicação que teremos alguns dias de temperaturas amenas.
É a ‘friagem’ como diz a gente desta querida cidade.
Nada que impeça o funcionamento do ar-condicionado no quarto de dormir.
Todos os habitantes da ‘Cuiabrasa’, jeito carinhoso de chamar a nossa capital, têm uma história de roupa para estrear no nosso curto inverno.
Que inventou esse termo, foi uma jornalista da grande imprensa que noticiava o tempo no Brasil.
O apelido caiu como uma luva para os cuiabanos que começaram a usá-la.
Uma das minhas cuidadoras comprou um casaco de lã quando esteve em São Paulo, e hoje ‘o tirou do armário para tomar ar’.
Espera poder usá-lo pelo menos por um dia e ser fotografada para guardar de recordação.
A cozinheira já pensa em aproveitar o friozinho que virá e preparar uma bela feijoada para o almoço e caldos e escaldados para o lanche da noite.
Chocolates quentes com bolinhos de arroz, queijo, milho, polvilho, mandioca, francisquito e pão de batata.
Gostaria de usar a boina que ganhei de presente no meu aniversário do ano passado, que é em pleno inverno, e que passamos em ‘brancas nuvens’.
Se fôssemos seguir o calendário e serviço de meteorologia, jamais iriamos apreciar as deliciosas ‘iguarias de inverno’.
Em minha casa, é difícil o sábado que a feijoada completa não faz parte do nosso almoço.
Que comida gostosa essa inventada pelos africanos colonizados que vieram para o Brasil, e bota gostosa nela!
Ela se desenvolveu no final do século XIX em restaurantes cariocas, e é considerada comida típica carioca.
A feijoada é um prato português.
Com a chegada dos escravos que se ‘alimentavam de feijão e farinha de mandioca’, o que restava dos almoços dos ‘senhores’ era destinado aos africanos.
Era feita de carne de porco, miúdos, orelhas, rabos, pés, e oferecidos aos escravos que cozinhavam, dando-lhes um sabor extraordinário.
A feijoada é feita em grandes panelas pra muita gente.
É servida aos sábados e às vezes quartas e sextas-feiras.
Voltando aos sinais do friozinho, nossa Chapada amanheceu coberta por neblina, e temperaturas baixas, obrigando seus moradores a usarem casacos de lã.
Torço para ser desta vez a chegada do frio, apesar do sol bater em minhas costas, aqui no escritório.
Gabriel Novis Neves
19-05-2024
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