quinta-feira, 7 de setembro de 2023

UM É POUCO


Diz a canção popular que na casa de caboclo, um é pouco, dois é bom, três é demais.


Hoje, 7 de setembro, celebro dois aniversários: da minha única filha Monica e da minha neta Isabelle.


Está bom, pois no dia 1º de setembro foi aniversário da minha avó paterna Eugênia, dia 2 da minha mãe Irene, dia 3 do meu irmão Pedro, dia 11 será do meu bisneto Lourenço, dia 12 da minha bisneta Maria Regina, dia 13 do meu filho Ricardo e dia 20 da minha neta Bruna.


Haja saldo bancário para fazer tantos PIX!


Se dia 2 de setembro foi o noivado da minha neta médica, da sexta geração dos médicos Novis Neves, dia 7 de outubro será o casamento festivo da minha neta advogada e empresária.


Se a família que a Regina construiu comigo já está desse tamanho, imagine a família dos meus pais!


Os dias do ano ficaram espremidos para serem comemorados.


Os casamentos antigos davam muitos frutos, daí a necessidade da construção dos casarões, muitos com sobrados para abrigar tanta gente.


Os meus avós paternos tiveram 15 filhos e moravam num casarão assobradado na Praça da República.


Já os meus avós maternos com 8 filhos, habitavam um casarão com sobrado, na rua Voluntários da Pátria.


Essas relíquias da nossa arquitetura pertencem a nossa história contemporânea.


Uma foi transformada na avenida Getúlio Vargas e outra em estacionamento de automóveis.


E as famílias numerosas desapareceram, seguindo a “lei do caboclo”, quando com dois filhos a família está de bom tamanho.


A tendência, porém, é de diminuir o número de herdeiros para um.


Nada me assegura que as futuras famílias irão optar por não ter filhos.


Nem nos grupos sociais menos favorecidos economicamente encontramos famílias numerosas, por opção do casal que alega dificuldades de criar seus filhos.


Tenho três funcionárias que trabalham comigo e as três fizeram “as laqueaduras tubárias” aos vinte anos por motivos sociais.


Ficaram com dois filhos e são avós.


O “um é pouco” será o tamanho das famílias atuais.


Outro dia discutiremos a velhice dos casais sem filhos, lembrando que “pássaro velho não voa. ”


Gabriel Novis Neves

07-09-2023


Casa do meu avô "Biézinho", ao lado o sobrado do farmacêutico Pedro Celestino


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