Os antigos diziam que certas coisas só aconteciam em Cuiabá e com muita razão.
Anoitei uma lista dessas coisas que transformei em um texto.
O primeiro otorrino de Cuiabá era surdo.
O Bispo de Cuiabá era agiota.
O dono do Cartório de Registro de Imóveis era cego.
A pessoa mais famosa da nossa universidade, foi o Cacique Mário Juruna. Era colaborador do Museu Rondon e ganhou da reitoria um gravador, para gravar audiências com os mandatários de Brasília e depois cobrá-los. Foi eleito deputado federal pelo Rio de Janeiro e foi o primeiro indígena à pertencer a Câmara dos Deputados.
O dono de um grande armazém de Cuiabá, era chamado de Priquito.
Casou-se com uma mulher rica. Seu sogro deu-lhe de presente um grande armazém.
O cuiabano passou a chamá-lo de Priquito pois era o único bem que lhe pertencia no casamento.
O Bugre era filho de Biézinho e seu filho era Gabriel.
Bugrinho era filho da dona Janoca do Largo da Mandioca.
O filho do Bugre do bar, tornou-se médico.
O Bugrinho da Mandioca, tornou-se o poeta Silva Freire.
O Bugre do bar era filho de uma carioca, e teve um filho casado com uma princesa.
A mulher do Bugre do bar não era cuiabana. Nasceu por acaso na Usina do Itaicy, no município de Santo Antônio de Leverger.
Assim que chegou a telefonia móvel à Cuiabá, a mulher de um riquíssimo empresário e deputado estadual lhe telefonou.
Ele estava no motel e foi logo lhe perguntando: como você me achou aqui?
Uma parente contratou uma nova empregada e esta lhe perguntou o seu nome.
Ao saber disse: bonito nome.
Nunca tinha ouvido alguém com esse nome: cor de urina (Corina).
Sábado gordo em Cuiabá era o sábado de carnaval.
Carnaval tem ossos e muitos festejavam o enterro dos ossos do carnaval.
Namorar na esquina era proibido em Cuiabá.
Só na porta da rua de sua casa em companhia de uma “vela” que era a pessoa que lhe servia de companhia.
Em Cuiabá as empregadas domesticas dormiam nas casas dos patrões.
Frequentemente engravidavam e o pai da criança era sempre o vizinho.
Se a filha solteira do patrão engravidasse, o pai era o “ mudinho do Livramento” que morava nos fundos das casas.
As rãs de Cuiabá eram bem tratadas. Serviam para fazer o teste de gravidez.
Eram vendidas aos poucos laboratórios existentes.
Em Cuiabá “a turma do morro” não era de moradores do morro da Prainha e sim nome de um conjunto musical.
Em Cuiabá tomava-se muita garrafada, receitadas pelos pais de Santo do Terceiro, no Porto. Era um santo remédio!
Minha cantora predileta é japonesa nascida em SP de pais japoneses. Seus pais voltaram para o Japão quando ela tinha 15 anos.
Dificilmente volta para o Brasil. Divulga músicas da bossa nova.
Canta e toca violão deliciosamente.
Só em Cuiabá para ser fã de cantora que vive e trabalha no Japão.
Gravou muito com o poli instrumentista e compositor acreano João Donato, no Japão.
Lisa Ono é a cantora, compositora e instrumentista (toca violão).
O Festival de Inverno da Chapada, é no verão cuiabano de 40 graus.
Conheço um motorista que atende pelo sobrenome de Dias.
Coisas de Cuiabá: de dia dorme e de noite trabalha.
Deveria fazer como um cantor da noite, que era chamado de “Noite Ilustrada”, só trabalhava de noite.
Gabriel Novis Neves
13-08-2023
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.