sexta-feira, 11 de novembro de 2022

PUXARAM A MÃE


Pelo menos no quesito viagens meus três filhos nasceram com a genética da mãe que adorava viajar.


Quando crianças ela os levava para passear no período das férias escolares, ocasião que comprei um pequeno apartamento no Leme para melhor alojar a minha família.


Depois serviu de “república” para o meu caçula estudar medicina na Universidade Gama Filho, tendo como colegas estudantes de medicina, Marcelo Lotufo (ortopedista) e Olinto Gonçalves (cirurgião plástico).


Meu filho Fernando Gabriel é ultrassonografista.


Na década passada serviu de moradia para a minha neta nº 4, Fernanda, estudar Direito.


Com a morte da Regina e só tendo um neto (Gabriel Neto) estudando Direito na Universidade Mackenzie em São Paulo, o apartamento ficou muito ocioso, só ocupado quando o meu filho Ricardo vai ao Rio assistir aos jogos decisivos do Flamengo.


O meu outro filho, o Fernando Gabriel e família, preferem ficar no apartamento da sogra em Ipanema.


Minha filha única Monica, não tem afinidades com o Rio de Janeiro, preferindo a capital paulista, onde está comprando um apartamento.


Esta aquisição ela fez racionalmente.


Estamos ficando velhos e a cidade oferece os melhores médicos e serviços hospitalares do mundo, recebendo “centenas de turistas de saúde”, que vêm de países estrangeiros à procura de cura dos seus males.


Todas as poucas vezes que precisei de socorro médico e hospitalar, foi para lá que me dirigi, sempre acompanhado da minha filha.


Faço parte dos inúmeros “turistas de saúde” nacionais que ficam hospedados em hotéis ou internados na sua rede hospitalar.


O “turismo de saúde” é muito forte e a renda para os cofres da Prefeitura de São Paulo não é nada desprezível.


O preço deste tipo de turismo, não está ao alcance de todos os brasileiros, mas, restrita a uma fatia mínima da nossa população.


As férias dos meus filhos, netos e bisnetos, são no litoral brasileiro ou exterior.


Minha filha conhece os principais países das Américas, Europa, África e Ásia, além da Oceania.


Terminou de chegar de Gramado e Canelas no Rio Grande do Sul, com marido, filhas, genros e bisnetos, onde já esteve por diversas vezes, sendo que lá o Natal já está sendo comemorado com o Papai e Mamãe Noel, para alegria das crianças que escreveram cartas ao Velhinho do Natal.


Trouxe de presente para mim e funcionárias a tentação dos chocolates de Gramado, que está frio.


Foi o tempo de chegar em Cuiabá, desarrumar suas malas e preparar para, 72h depois, partir para o Egito com o marido, assistir ao evento internacional sobre “Mudanças Climáticas da ONU” – a COP27.


Ficará da abertura até o final da Conferência Internacional, sendo que na anterior realizada no País de Gales e Escócia, também estiveram presentes.


No exercício de cargos públicos por 20 anos, só fiz uma vigem para a Europa, no governo Pedro Pedrossian.


Conheci as principais cidades do Brasil e todos os municípios de Mato Grosso.


Bem diferente dos meus filhos que puxaram a mãe, que conhecem o mundo e quase nada do nosso Estado.


Meus bisnetos já cruzaram o Atlântico, inclusive o de 1 ano e 6 meses conhece Paris e o outro mora em Portugal.


Essa mania dos meus filhos, de sempre viajar, lhes faz muito bem para que melhor compreendam o mundo e valorizem o que têm.


Gabriel Novis Neves

08-11-22




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