sexta-feira, 29 de março de 2024

REZAR E ORAR SEMPRE


Fui criado na Igreja Católica, Apostólica, Romana.


Batizado, fiz minha primeira comunhão na Catedral Metropolitana de Cuiabá.


Crismado na igreja do Seminário, tive a honra de ter Dom Aquino Corrêa como padrinho.


Casei-me na igreja Outeiro da Glória, no Rio de Janeiro. Minha mulher, sempre católica praticante.


Filhos, netos e bisnetos batizados na Igreja Católica.


Sou ‘católico-raiz’, não praticante. Quando possível, recebo a Eucaristia no hospital ou em minha casa.


O santo padroeiro da família Novis Neves é São Pedro. Sua imagem está no oratório da casa de minha irmã Aracy: coube a ela como herança.


Todos os anos, no dia 29 de junho, ela reúne a família para a comemoração da festa em honra dele.


Então, é feita a ‘reza do terço’, com belos cânticos dedicados ao Padroeiro.


A comemoração de fé a São Pedro por nossa família completa agora seus noventa anos.


Jesus — aceito por muitos como o Messias —, em seu curto ministério terreno, orientou, salvou e realizou milagres.


Mesmo assim foi crucificado, morto e sepultado. Após sua ascensão, a Igreja primitiva (Apostólica), mesmo duramente perseguida, foi espalhando a doutrina do Mestre mundo afora.


No final da Idade Média e início da Moderna, começaram a se levantar alguns descontentes contra a maneira como Roma dirigia a Igreja.


Os protestos culminaram com a dita ‘venda de indulgências’. Objetivo era angariar fundos para a construção da Basílica em Roma. É o que nos diz a história.


Os protestantes criaram a ‘Igreja Cristã Católica Reformada’. Daí surgiram inúmeras denominações, como os luteranos, calvinistas, puritanos, anglicanos, batistas, presbiterianos, em meio a outras.


Aboliram a adoração a qualquer tipo de imagem e santos. Seguiam a orientação de que a salvação vem da fé em um Deus único, representado apenas e suficientemente pela Santíssima Trindade, alicerçada, única e exclusivamente, na palavra de Deus, contida na Bíblia.


A Igreja Cristã Apostólica Romana empreendeu uma ‘Contrarreforma’, corrigindo erros e abusos ocorridos à época.


 Considero interessantes alguns vocábulos utilizados com semelhante finalidade. Se os católicos apostólicos romanos se referem a ‘rezar’, já os reformados preferem ‘orar ‘.


Os católicos apostólicos romanos adoram o Deus (Santíssima Trindade). Têm vários santos e orações, como a ‘ave-maria’, a ‘salve-rainha’, dedicadas aos santos de preferência.


Os católicos reformados ‘oram’ apenas para um Deus único. A Ele se dirigem diretamente, convictos de que não é necessária nenhuma intercessão para tal propósito.


Ambas as Igrejas professam a fé em Cristo, tendo como máxima a oração do ‘pai-nosso’, ensinada por Jesus. Faz parte do cânon bíblico.


O cristão da Igreja Reformada tem sempre a palavra de Deus na Bíblia Sagrada, a lhe acompanhar nos cultos. Dela tiram suas orações e agradecem sempre a Deus.


A reflexão e o estudo da palavra de Deus me franquearam ainda tempo, não digo para me converter para a religião evangélica, mas para compreender melhor a Bíblia dos evangélicos. Pude sentir toda a beleza de orar sempre e, principalmente, de bendizer uma graça recebida.


Sinto Jesus próximo a mim, iluminando-me o caminho. Pude, hoje mais que ontem, entender como é fácil rezar ou orar, permitindo-me um bate-papo amigo.  


E o faço diretamente com ELE! Diga se não sou um privilegiado?!


Gabriel Novis Neves

27-3-2024




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