Desde
que me entendo por gente ouço falar na necessidade de uma séria e justa reforma
agrária nesta nação.
Esse
movimento pró-reforma agrária culminou com a revolução de 1964.
As
chamadas elites, sociedade civil e militar, tiraram do poder o Presidente da
República em exercício, eleito pelo voto popular, que no famoso comício da
Central do Brasil no Rio de Janeiro, jurou que faria as reformas de base para
modernizar esta nação, principalmente a reforma agrária.
Foi
deposto e exilado, e o assunto ficou na lista dos assuntos proibidos.
Com
a tal da redemocratização do país, no início timidamente, e com a posse do
grupo do metalúrgico, o assunto voltou a ser tratado com maior intensidade e
esperança.
Na
nação dos grandes latifúndios, os doze últimos anos de esperança foram
transformados em frustração com a grande manifestação em Brasília do MST a
favor da prometida e esperada reforma agrária.
Cerca
de vinte mil manifestantes tentaram invadir o Palácio do Planalto e,
posteriormente, o da Justiça.
Foram
contidos por um volumoso aparato militar da capital federal.
No
dia anterior a presidente da República tinha ido à terra do agronegócio
hipotecar apoio aos grandes fazendeiros, numa atitude eleitoreira, procurando
apoio desse forte setor da nossa economia. Não se falou em reforma agrária, e
sim, em projetos de ajuda aos produtores de alimentos, principal riqueza do
Tesouro Nacional.
Como
fazer a reforma agrária em um país onde o partido mais influente no atual
governo, que é o Partido do Agronegócio, tem por única meta a perpetuação no
poder?
Que
país é este que coloca interesses de grupos acima dos interesses da nação?
O
resultado é a baderna generalizada nas ruas, onde seus manifestantes,
inclusive, recebem incentivos financeiros para tais fins. Tudo resultando na
morte de um cinegrafista da televisão brasileira.
O
Poder Constituído perdeu o controle com relação às violentas manifestações, e
outros inocentes (como sempre) pagarão com a própria vida tantos desmandos e
corrupção.
E
a reforma agrária voltará a ser pauta prioritária - após a Copa do Mundo - de
todos os candidatos à Presidente do Brasil.
Até
quando?
O
gado rompeu as cercas dos currais e está nas ruas...
Gabriel Novis Neves
13-02-2014
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