Os
valores morais éticos adquiridos na infância nos acompanham por toda a nossa
vida. Todo o resto é passível de reavaliações na fase adulta, inclusive os
conceitos religiosos.
Sem
o auxílio de um meio familiar atento e, principalmente, um sistema escolar
atuante, dificilmente se encontrará pessoas aptas ao exercício de suas
cidadanias.
Tudo
que é ensinado na primeira infância se automatiza imediatamente no caráter de
cada um. A relação de responsabilidade da pessoa com ela própria e com os
outros, talvez seja o mais importante dos condicionamentos.
Passa
a funcionar como um relógio biológico, avisando-nos, inconscientemente, das
nossas tarefas e obrigações diárias.
Deparei-me
algumas vezes acordando muito mais cedo do que de costume, apenas em função de
compromissos assumidos anteriormente.
É
como se o cérebro recebesse uma ordem e a registrasse com a precisão de um
computador.
Aliás,
dificilmente o homem conseguirá construir uma máquina tão perfeita quanto o
cérebro, capaz de registrar tantas mudanças físicas e emocionais com tamanha
eficiência.
Ficamos
tão fascinados com o comportamento das pessoas dos países de primeiro mundo,
que esquecendo-nos de quão fácil seria nos transformarmos em uma delas!
As
potencialidades humanas são as mesmas em todo o planeta, apenas nunca nos
interessamos em desenvolver as nossas.
As
potencialidades naturais, então! Dessas nem precisa se falar. Temos um país
agraciado com o que de melhor existe na natureza, além de pouquíssimas
catástrofes telúricas, ainda que se tripudie sobre o meio ambiente.
Território
vasto, água farta, litoral abundante, a maior mata atlântica do mundo, riquezas
minerais de todo tipo e um povo de boa índole, trabalhador e alegre, apesar de
massacrado.
Realmente
uma lástima que as elites políticas que nos governaram desde sempre, não se
aperceberam, ou pior, não se importaram com a perspectiva de construírem uma
nação sadia e evoluída.
Cérebros
desperdiçados aos milhões pela avalanche das mesquinharias e incompetência dos
que sempre estiveram no poder.
Fico
imaginando o que nosso país poderia ser se sua população exercesse, de fato, a
sua cidadania. Isso teria sido possível, por exemplo, se planos educacionais
propostos por pessoas como Darcy Ribeiro tivessem sido postos em prática há
quarenta anos.
A
China é o maior exemplo que transformações são possíveis.
Quem
sabe a nossa revolução educacional não deixe de ser um dia uma utopia?
A
raça humana, como um todo, ainda não descobriu a sua potencialidade.
Estamos
ainda na fase de transformar a natureza, esquecendo-nos que a grande
transformação deverá ser a de nós mesmos, e essa não seria difícil, se bem
conduzida.
Gabriel
Novis Neves
13-01-2014
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