domingo, 13 de maio de 2012

Mãe moderna


A fêmea sempre foi vista com a única função de reprodução e cuidado com o crescimento e proteção dos filhos.
Os animais irracionais nascem com  o instinto de perpetuação e preservação da espécie.
Nos humanos, a mulher, desde tempos remotos, foi educada para a procriação, submissão ao macho e cuidado com os seus filhos.
Ainda hoje existem civilizações com esse modelo de organização social.
A mulher ocidental foi a pioneira em se livrar desses equívocos da história da humanidade.
Lutou, e luta ainda, para conseguir o seu lugar na sociedade em igualdade de condições com o homem.
Houve avanços e ganhos nessa luta da mulher pelos seus direitos plenos de cidadania, embora falte muito para a tão sonhada isonomia.
Existe um ou outro caso de comando da mulher, mas a predominância nos poderes de decisões ainda é masculina.
No Brasil, como em outras nações ocidentais, as conquistas sociais foram relevantes, especialmente as relacionadas à maternidade.
Os países nórdicos, inclusive, consideram as mães puerperais as melhores educadoras do mundo e preferem mantê-las em casa com todos os benefícios a fazê-las retornar ao trabalho, com menos de doze meses do parto.
No Brasil temos quatro meses de licença-maternidade, que acho pouco.
Gostaria que as mães modernas pudessem ficar todo o primeiro ano com o seu filho.
É nesse período que a criança mais precisa da mãe, e a sua presença constante evitaria muitas patologias provocadas pela sua ausência.
Nem sempre esse fato significa inteira entrega à maternidade. Muito pelo contrário. Algumas mulheres se sentem extremamente infelizes diante da carga de responsabilidade que o nascimento de um filho traz.
A mãe moderna não é a mãe do meu tempo, claro. Esta dedicava vinte e quatro horas por dia aos mais diversos afazeres domésticos.
Hoje, ela não é mais apenas uma serviçal do lar. Atua com eficiência nas transformações sociais do mundo.
É uma batalhadora no extermínio do terrível preconceito que ainda enfrenta num país machista.
Aquela mãe submissa não existe mais nas classes mais escolarizadas, e a sua manutenção não é mais fator primeiro em um relacionamento falido.
A mãe moderna é livre e independente, não precisando de um mantenedor, tampouco pensador, para direcionar o seu futuro.
Conquistou por mérito pessoal grande fatia do mercado de trabalho, enfrentando toda a sorte de preconceitos.
A mãe moderna está em todos os postos de trabalho, inclusive nas forças armadas.
Nas universidades as mulheres ocupam a maioria das vagas existentes e, em alguns cursos nobres, como medicina, engenharia e direito, existe empate técnico entre os sexos.
Sempre, no segundo domingo de maio, o comércio comemora o dia dedicado às mães, pensando, unicamente, no faturamento, que dizem ser superior ao do Natal.
Mãe não tem dia, e a sua figura, tanto antigamente quanto hoje, traduz aquele sentimento que só um filho é capaz de sentir.
Parabéns às mães da minha geração e às mães modernas!
Cada uma delas, com seu estilo de vida diferente, amam seus filhos e cuidam do seu futuro, com amor que só a maternidade é capaz de despertar.

Gabriel Novis Neves        
07-05-2012

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