sábado, 19 de maio de 2012

Confusão


É comum as pessoas confundirem João Germano com gênero humano, alhos com bugalhos ou bife ali na mesa com bife à milanesa.
Agora, confundir quinta feira com dia cinco é demais! Isso aconteceu comigo e me causou grande intranquilidade. Depois me certifiquei que cinco de maio cairia em um sábado.
Houve tempo de escrever um pequeno texto lembrando o aniversário de nascimento do único herói mato-grossense reconhecido internacionalmente.
Não sou de escrever sobre efemérides, mas a de Rondon é exercício de cidadania.
Este mimoseano, tão desconhecido na sua terra, não foi só o construtor de linhas telegráficas em fins do século IXX, mas também um dos maiores pacifista desenvolvimentista do mundo.
Em 1890, Rondon colocou uma placa na linha que levava até o Araguaia, dizendo que, aquele que perseguisse um índio bororo, seria perseguido pelo exército brasileiro. Na mesma ocasião o exército americano massacrava os seus índios.
Rondon inspecionou cerca de 17.000 km de fronteiras após construir a linha telegráfica de Mato Grosso ao Amazonas.
O esquecimento de Rondon em seu Estado natal tem efeito negativo maior do que o roubo do dinheiro público, feito através das mais diferentes trapaças.
Infelizmente, confundimos, e fazemos questão de não entender, a diferença entre progresso e desenvolvimento, razão de todo o nosso atraso social, em um Estado rico economicamente.
Cuiabá está virando cidade dormitório, e em todo o nosso território presenciamos lutas de minorias contra os poderosos que se apossaram da terra de Rondon.
Neste cinco de maio a grande homenagem prestada ao nosso Rondon foi a ausência daqueles que tem como obrigação zelar pela nossa história.
Mato Grosso é hoje um Estado para poucos.
Os nossos estadistas estão no Cemitério da Piedade.
O resto é muita confusão.

Gabriel Novis Neves
07-05-2012

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