A praça que hoje abriga o busto do doutor Alberto Novis, entre a rua de Baixo e o Beco do Candeeiro, em Cuiabá, já foi o casarão de dona Euphrosina Hugueney de Mattos, comerciante de produtos importados.
Depois sediou o jornal ‘O Social Democrático’ e era o local onde o senador Filinto Muller atendia a população quando vinha à Cuiabá.
No espaço também funcionou o Armazém Amui e outros estabelecimentos comerciais que marcaram essa época.
Em 1970 a residência ficou abandonada e, com o passar dos anos, começou a ruir, dando surgimento à praça.
Com a demolição do velho e lindo sobrado colonial, construído de adobes, abriu-se um clarão no local.
A prefeitura limpou o local e construiu uma pracinha na administração Vilanova Torres que leva o nome do meu avô, e foi o primeiro otorrinolaringologista de Mato Grosso.
O médico prestou grandes serviços à população cuiabana.
Foi deputado estadual de 1908 a 1912, tendo publicado diversos artigos, e foi também reconhecido como jornalista.
A família encomendou o busto, já que a prefeitura não possuía recursos.
O local é equipado com câmeras filmadoras e vigiada por funcionários da prefeitura.
Não é a primeira vez que ladrões arrancam o busto de bronze para ser derretido e vendido.
Os autores da façanha nunca foram punidos ou encontrados.
Os responsáveis pelo patrimônio histórico e cultural alegam falta de recursos para repor o busto roubado.
Triste com o acontecido, li que o busto de bronze de Nelson Rodrigues foi roubado do mausoléu do cemitério de São João Batista no Rio de Janeiro.
É comum em todo o Brasil o roubo de bustos das praças públicas e cemitérios, mesmo com 45kg de bronze, e arrancados com pé de cabra.
Se a família do homenageado quiser, que contrate um escultor para fazer a obra.
E os ladrões nunca são encontrados.
Esquisito, né?
Gabriel Novis Neves
10-10-2024
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