É muito bom sentir-se útil com a idade avançada quando muitos só pensam na merecida aposentadoria.
Os jovens pensam no futuro trabalhando no presente para aproveitarem a velhice para passear.
Eu nunca pensei assim e, pouco antes de completar noventa anos, trabalho integralmente como lazer.
Esse hábito de vida que escolhi, sem planejamento, é um ótimo remédio contra a ‘demência’ ou ‘doença de Alzheimer’.
Enfrentei a vida como ela é.
Descobri que escrever é um ótimo exercício para manter a mente sempre em atividade ‘longe dos esquecimentos’.
‘Sentir- se útil’ acompanha-me desde a aposentadoria, e frequentemente tenho essa sensação.
Pela manhã fui lembrado por um arquiteto de São Paulo, um ano mais velho que eu, e hoje trabalha com afinco no seu escritório como ‘consultor de espaços hospitalares on-line’.
Queria informações sobre a rede hospitalar do Estado.
Oscar Niemayer trabalhou até os cem anos criando modernas arquiteturas.
Meu irmão caçula me telefona, pois queria uma indicação para um especialista de São Paulo.
Disse ele que estava cansado, e desejava minha orientação, já que aqui não é realizado esse exame que disse ser necessário.
Telefonei para o celular do colega que me atendeu e expliquei o caso.
Disse estar em consulta e me passou o número do telefone da sua secretária.
Problema dos horários da consulta e exame resolvidos, passei os números para o meu irmão.
Aconselhei-o a procurar um hotel próximo ao hospital que o médico e laboratório atendem no Morumbi para evitar o caótico trânsito da cidade de São Paulo.
Orientei a filha da minha enfermeira, primigesta de 38 semanas a procurar um bom obstetra com experiência na especialidade.
Fez o pré-natal no ‘postinho do SUS’ com uma ótima clínica geral.
Confesso que fiquei alegre com a certeza que ainda posso ser útil.
Todos ficaram satisfeitos, e eu muito feliz.
Gabriel Novis Neves
17-09-2024
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