sexta-feira, 5 de setembro de 2014

Bons tempos


Houve um tempo em que a palavra era honrada, sendo desnecessárias as assinaturas, firmas reconhecidas, registros em cartórios, fotocópias e etc...
Tudo era realizado com testemunhas credenciadas.
Sem saudosismo, o que vemos hoje é Tratado de Paz para cessar fogo em áreas de guerra com validade de horas.
Ninguém mais respeita o combinado e assinado em reuniões internacionais para evitar o inútil massacre de pessoas inocentes. No dia a dia, então, é impensável.
Qual será a nova moeda que deverá surgir neste novo mundo que tenha credibilidade e humanismo?
Se a vida humana não é respeitada, imagine as dívidas comerciais entre as nações!
Os calotes continuam.  O exemplo mais recente é da nossa vizinha Argentina, reincidente nessa arte de dever e não pagar.
O Brasil, de há tempos, sofre calado vendo suas exportações diminuírem para a Terra do Tango. Mas, as importações portenhas continuam em ato de extrema solidariedade.
O pior, é que nós pagamos o que devemos e eles seguem o cronograma bolivariano da moratória.
Bons tempos em que nossos dirigentes possuíam bons currículos e eram pessoas ilibadas.
Muitas morriam pobres após o exercício de cargo público relevante.
Hoje, os maus devedores frequentam as páginas da Revista Forbes  e são excelentes administradores de seus bens, tidos como gênios.
O mundo caminha sem destino. Os países mais poderosos em armamentos dizimam os mais fracos. E a indústria bélica continua “bem obrigada”. É tudo o que interessa...
Essa crueldade sempre existiu. E sabemos, pela história, que ela não terá fim.
Estamos todos cada vez mais omissos, e o ato de Pôncio Pilatos impera.
As inúmeras civilizações têm sido exterminadas por guerras fratricidas com o único objetivo da conquista do poder do dinheiro.
A velocidade do genocídio praticado com as tecnologias bélicas modernas faz com que o nosso Planeta tenha durabilidade imprevisível.
Acredito que cérebros privilegiados poderão alterar essa prática de massacres coletivos que não mais conseguem comover a humanidade. É urgentemente necessária a mobilização global contra toda essa loucura.
Em outras épocas, a maldade humana caminhava a passos de tartaruga, hoje, ela caminha com a velocidade de um míssil.

Gabriel Novis Neves
01-09-2014

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