Após
mais de três horas de reunião, em que participaram o governador do Estado, o
presidente da Assembleia Legislativa e outros auxiliares do governo, com os
prefeitos dos quinze consórcios que congregam os cento e quarenta e um
municípios de Mato Grosso, foi feito um acordo para o governo quitar dívidas do
Tesouro Estadual com os municípios referentes ao ano de 2012.
O
Estado deixou de repassar aos municípios cerca de cinquenta e três milhões de
reais, segundo cálculos realizados pelos funcionários do governo.
Os
municípios alegam que o valor é superior ao apresentado.
Entre
o acerto firmado pelo governo com os municípios e a liberação dos recursos
existe um longo caminho, pois o Estado está sem dinheiro para atender a essa
necessidade prioritária, que não pode ter os seus serviços paralisados.
Uma
obra pública, como a construção de um campo de futebol ou as trincheiras para a
Copa do Mundo pode parar. Apenas causarão transtornos e aborrecimentos à
população, assim como terão os seus preços acrescidos, bem como alterados os
prazos de entrega.
No
entanto, tratando-se de hospitais, o não cumprimento do cronograma de repasses
de recursos poderá ocasionar a morte de pacientes e fechamento dos mesmos.
Acreditar
que o combinado na reunião dos agentes do governo com os representantes dos
municípios será cumprido é uma questão de fé, e fé não se discute. Crê-se ou
não.
O
governo do Estado terá que enxugar a sua imensa folha de pagamento com o
pessoal comissionado (os chamados cabos eleitorais), e colocar um freio nas despesas
desnecessárias.
Além
disso, temos que acreditar na força política do partido do governador, que
mantém a presidente do Brasil refém dos seus desejos, ainda mais agora em que o
processo sucessório está a todo vapor.
Um
país que possui trinta e nove ministros de Estado demonstra o quanto de
concessão se faz para ser o número um desta nação.
Liberar
recursos federais para um Estado que só tem oito deputados federais é prenúncio
de uma negociação muito difícil, no dizer de um dos mais experientes dos nossos
políticos e que sabe como poucos da mecânica do poder.
Só
muita fé poderá salvar este Estado da situação de grande dificuldade financeira
por que passa.
Sem
ajuda substancial de repasses federais para a saúde, não vejo condições desse
acordo ser cumprido.
Precisamos
poupar vidas, e a decisão é política e de fora.
Habilidade,
lideranças! É o que espera a nossa gente.
Gabriel Novis Neves
16-03-2013
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