Uma das perguntas mais frequentes que me fazem, e tenho dificuldades em explicar - não sou um expert no assunto - é o que significa “base de sustentação do Governo”. O Presidente da República, Governadores e Prefeitos, falam abertamente do assunto. Os Senadores, Deputados Federais e Estaduais, e Vereadores idem.
Deve ser alguma coisa muito importante na tal da engenharia do poder. Existem até especialistas nessa área ostentando o pomposo título de construtores da engenharia do poder. Na escola me ensinaram que todo o poder emana do povo e em seu nome será exercido. Essa base de sustentação é algo misterioso, e que propiciam na população grandes suspenses. Há todo um ritual para se ingressar nesse grupo que, dizem, é o responsável pelo desenvolvimento do Brasil. Entre outras atribuições, é a base de sustentação a responsável pela aprovação dos programas sociais como: Saúde para Todos, Educação de Qualidade Universal, Segurança Pública, Saneamento Básico e tantos outros indispensáveis.
Sem essa base, nenhum governante, mesmo com altos índices de aprovação, faria alguma coisa. Logo, quem é avaliado não é o Presidente da República, Governadores ou Prefeitos; se hoje temos um Brasil mais justo, democrático e transparente nas suas ações, devemos às bases de sustentação do governo. Causa-nos espanto, portanto quando certos governantes, com altos índices de aprovação popular, entendem serem eles, e somente eles, os detentores de todo o mérito de suas ações. Aí acontece o seguinte: vão às urnas, com a megalomania natural de todo político dito popular, e sofrem uma derrota inimaginável – por eles claro! Não conseguem entender que o povo aprovou a eficiência das bases, e não o seu executor.
Mas há um senão dificultando o entendimento da população, e subtraindo a lógica do meu raciocínio. Ultimamente todos os grandes escândalos aconteceram nas bases de sustentação do governo. Não recordarei os maiores destes últimos dez anos, pois perderia o fio da meada. Gostaria apenas de citar o que aconteceu com a base de sustentação do governo do Distrito Federal, e que é do conhecimento da nação brasileira. Toda a farta distribuição de dinheiro foi filmada: dinheiro na bolsa, dinheiro nas meias, dinheiro nas mãos, dinheiro nos bolsos, dinheiro abençoado merecedor de orações. Como explicar ao povo este fato da Capital Federal? Tarefa difícil para o trabalhador que recebe salário mínimo compreender! E quem pertence a essa privilegiada base? Ora, só gente que “não é qualquer um” - nas palavras gravadas do nosso Presidente: o “criador de rãs”; homens “sortudos nos negócios” – que ficaram milionários da noite para o dia; “conhecidos” agentes públicos, o maior “grileiro de terras do Brasil”, etc.. Só gente muita fina mesmo! Gente que abandonou a sua história de vida, para pertencer à base. Quanto patriotismo não?
Enfim, é a fotografia do Brasil. Depois que me converti em defensor das “forças”, que um dia serão fortes o suficiente para mudar esse quadro, acho normal tudo o que estamos vivendo. O difícil mesmo é explicar ao povo que sofre o que é e para que serve realmente a base de sustentação do Governo. Se o povo não consegue entender, pelo menos ele sabe que foi roubado!
Gabriel Novis Neves
26 de Fevereiro de 2010
Deve ser alguma coisa muito importante na tal da engenharia do poder. Existem até especialistas nessa área ostentando o pomposo título de construtores da engenharia do poder. Na escola me ensinaram que todo o poder emana do povo e em seu nome será exercido. Essa base de sustentação é algo misterioso, e que propiciam na população grandes suspenses. Há todo um ritual para se ingressar nesse grupo que, dizem, é o responsável pelo desenvolvimento do Brasil. Entre outras atribuições, é a base de sustentação a responsável pela aprovação dos programas sociais como: Saúde para Todos, Educação de Qualidade Universal, Segurança Pública, Saneamento Básico e tantos outros indispensáveis.
Sem essa base, nenhum governante, mesmo com altos índices de aprovação, faria alguma coisa. Logo, quem é avaliado não é o Presidente da República, Governadores ou Prefeitos; se hoje temos um Brasil mais justo, democrático e transparente nas suas ações, devemos às bases de sustentação do governo. Causa-nos espanto, portanto quando certos governantes, com altos índices de aprovação popular, entendem serem eles, e somente eles, os detentores de todo o mérito de suas ações. Aí acontece o seguinte: vão às urnas, com a megalomania natural de todo político dito popular, e sofrem uma derrota inimaginável – por eles claro! Não conseguem entender que o povo aprovou a eficiência das bases, e não o seu executor.
Mas há um senão dificultando o entendimento da população, e subtraindo a lógica do meu raciocínio. Ultimamente todos os grandes escândalos aconteceram nas bases de sustentação do governo. Não recordarei os maiores destes últimos dez anos, pois perderia o fio da meada. Gostaria apenas de citar o que aconteceu com a base de sustentação do governo do Distrito Federal, e que é do conhecimento da nação brasileira. Toda a farta distribuição de dinheiro foi filmada: dinheiro na bolsa, dinheiro nas meias, dinheiro nas mãos, dinheiro nos bolsos, dinheiro abençoado merecedor de orações. Como explicar ao povo este fato da Capital Federal? Tarefa difícil para o trabalhador que recebe salário mínimo compreender! E quem pertence a essa privilegiada base? Ora, só gente que “não é qualquer um” - nas palavras gravadas do nosso Presidente: o “criador de rãs”; homens “sortudos nos negócios” – que ficaram milionários da noite para o dia; “conhecidos” agentes públicos, o maior “grileiro de terras do Brasil”, etc.. Só gente muita fina mesmo! Gente que abandonou a sua história de vida, para pertencer à base. Quanto patriotismo não?
Enfim, é a fotografia do Brasil. Depois que me converti em defensor das “forças”, que um dia serão fortes o suficiente para mudar esse quadro, acho normal tudo o que estamos vivendo. O difícil mesmo é explicar ao povo que sofre o que é e para que serve realmente a base de sustentação do Governo. Se o povo não consegue entender, pelo menos ele sabe que foi roubado!
Gabriel Novis Neves
26 de Fevereiro de 2010
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