Quando alguém completa tempo de vida em nossa sociedade, é importante receber como presente “aquela” manifestação de muitos anos de vida, felicidades, muito dinheiro, saúde, paz e amor.
Ah! Se alguém do círculo de amizade do aniversariante não cumprir com este protocolo, jamais será perdoado e muitas vezes a amizade é exorcizada. Como adoramos a mesmice, a hipocrisia, a repetição e os tais códigos sociais!
Gostaria de conhecer o autor ou autores destas bobagens que tantos sofrimentos nos causam.
O aniversário é um ponto luminoso em nossas vidas.
Mário Quintana, o nosso poeta, com uma vida riquíssima de aventuras e emoções, certa ocasião disse que o fato mais importante da sua vida fora o seu nascimento, sendo assim, comemorava todos os dias este fato.
Como Quintana fazia aniversário diariamente, produziu esta maravilha própria de gênio com relação à idade das pessoas – “Só temos duas idades, ou estamos vivos ou mortos.” Este era o inovador poeta que despertou, na sua simplicidade de encarar a vida sem penduricalhos, paixões violentas como aquela que acometeu Bruna Lombardi.
Sou a favor da felicidade sem dia, mês ou hora marcada. Saúde como uma conquista do cidadão. A paz é conseqüência do amor. Quanto ao dinheiro, não precisamos de muito para viver bem.
O aniversário, que é a festa da recordação da experiência mais importante das nossas vidas, tornou-se, às vezes, motivo de apreensões e desgastes emocionais que não se identificam com a data celebrada.
Pensar e viver como o poeta gaucho é simples, porém impossível em um país cujo Deus é o dinheiro.
Gabriel Novis Neves
06 de Outubro de 2009
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