Sem querer fui vítima de uma overdose de cuidados terapêuticos. Nesta reta final de chegada para todos os seres viventes, tenho plena consciência da fragilidade física, mental e emocional que os cerca. Outro aspecto é a dependência de terceiros que, em muitas das vezes, eles são obrigados a se submeterem para garantir um pouco de conforto e amparo. Não quero ficar dependente de terceiros.
Para tanto e para preservar a minha qualidade de vida conto com o apoio, amizade e dedicação de uma “legião” de colegas - a maioria meus ex-alunos.
São os especialistas: médicos que sabem tudo dos órgãos e da alma dos seres humanos.
Como tenho amigos “Fuxiqueiros” vou poupá-los da preocupação de fofocar na padaria a especialidade dos colegas que me acompanham nessa caminhada.
Na relação de consultores tenho: Clínico Geral, Otorrino, Analista, Cardiologista, Urologista, Oftalmologista, Gastroenterologista, Ortopedista Endocrinologista, Angiologista, Neurologista e Dermatologista.
Na retaguarda, especialistas em imagens e bioquímica do sangue.
Sou ao mesmo tempo paciente e coordenador geral dos especialistas. Traduzindo, sou o meu médico.
Dia desses, após ficar uma semana observando em mim uns sintomas, não tão graves, mas bastante desagradáveis - que não conto aqui para não ser também desagradável – resolvo fazer uso de uma medicação indicada por mim mesmo. Além disso, fiz uma inovação no horário do uso da droga.
Muito bem. Mais uma semana se passou e nada dos desconfortos desaparecerem. Suspendi o uso do fármaco. Os efeitos colaterais eram mais perturbadores do que os sintomas que me levaram ao seu uso. Marquei então uma consulta com o colega especialista.
A consulta foi mais uma oportunidade para um agradável bate-papo, do que propriamente para sanar o meu problema. Explico: os sintomas desagradáveis tinham desaparecido. Que alívio!
Estava certo quem afirmou que “não há mal que sempre dure.” Complemento dizendo: “ainda mais se parar de tomar um medicamento que produza efeitos colaterais!”
Gabriel Novis Neves (7.5+127)
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