sexta-feira, 6 de julho de 2012

CÉU DE CUIABÁ


Acordo com as galinhas, e passei, de uns tempos pra cá, a observar por mais tempo o nascimento do dia. Virou uma obsessão fotografar o céu enquanto ele se prepara para o surgimento do Rei Sol.
A imensa implosão de cores, formatando o maior painel de pintura sem tinta, emociona até as pessoas mais insensíveis.
O espetáculo que se repete há milhões de anos, nunca é igual ao do dia anterior, dando sempre a impressão que suas cores e combinações são ainda mais belas.
O céu de Cuiabá tem uma cor predominante ao raiar do dia, que é a alaranjada. Mesclada com o branco, chumbo, vermelho, azul, cinza, espalha essa harmonia de beleza visual até onde o olho humano consegue identificar na sua imensidão.
Nuvens brancas, tal algodão, dançam e desaparecem, dando oportunidade a novas combinações de cores e figuras criadas pela nossa imaginação.
Em breve teremos o astro rei no seu painel favorito, que é o azul, cercado por algumas nuvens mais escuras - as retardatárias da noite que findou.
Finalmente Ele, em todo o seu esplendor, nos impede de admirá-lo pela potência dos seus raios infravermelhos. Dizem que essa impossibilidade de vê-lo a olho nu foi criada pelo ciúme da lua.
O sol despede-se e a lua surge - nunca no mesmo horário. Como toda bela mulher, a rainha da noite costuma-se atrasar todos os dias.
A lua reina absoluta na escuridão do céu, reverenciada pelas estrelas, poetas, escritores, compositores, boêmios, românticos e enamorados.
Seu cenário é o perfeito encantamento para o nascimento de poemas e melodias apaixonadas. A lua sabe que é inspiradora e bela.  
O céu de Cuiabá é diferente de todos os demais pela doação de surpresas visuais diferenciadas.
“Acho impossível que um indivíduo contemplando o céu possa dizer que não existe Criador” - (Abraham Lincoln).

Gabriel Novis Neves
01-05-2012

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