sábado, 12 de junho de 2010

Fatalidade

Não acredito em coincidência, azar ou sorte. Acredito sim na fatalidade. Da imutabilidade do destino ninguém escapa. Triste, dolorosa e cruel, todos somos sujeitos a ela - independe de raça, religião, ideologia política, idade, sexo, rico ou pobre, atleta ou deficiente, poderoso ou não, benemérito ou bandido.

A fatalidade, mais uma vez, alcançou o nosso estimado Nélson Mandela – laureado com o Prêmio Nobel da Paz em 1993. Bravo combatente pela justiça social. O negro que por longos anos amargou uma cela de prisão para negros. Um batalhador para que todos os cidadãos fossem iguais e tivessem os mesmos direitos e oportunidades. A cor da pele da sua gente jamais poderia servir de punição. Estou falando superficialmente sobre uma das maiores personalidades do mundo contemporâneo, pois Nelson Mandela dispensa maiores louvores.

Mesmo com as limitações impostas pela idade, o nosso Mito do Bem estaria, no dia 10 de junho, compartilhando com seu povo da alegria de ver a festa mundial da paixão dos povos: a Copa do Mundo no Continente Africano, que ele ajudou a libertar. A fatalidade, entretanto desta vez se abateu sobre um membro querido da sua família. A morte por acidente sempre é uma morte violenta, inesperada e incompreensível. Ainda mais quando a vítima é uma criança de apenas 13 anos, bisneta do negro da paz. A África chora. O mundo chora. Eu chorei diante dessa fatalidade. A Copa da África não será mais a mesma. Não há lugar para alegria diante da fatalidade que deixou triste o inigualável e único responsável pela festa mundial de confraternização dos povos pelo esporte-rei. Beijos, Nelson Mandela.

Gabriel Novis Neves
11/06/2010

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