sexta-feira, 3 de janeiro de 2025

ÚLTIMAS HORAS DO ANO VELHO


É noite, e passei o dia todo arrumando os meus textos para publicar no Ano Novo.

 

Gosto de selecionar minhas crônicas com antecedência para não falhar com meus poucos leitores, que acordam e vão procurá-las no meu blog.

 

As que envio por whtsap coloco um ‘enxerto’ de uma flor ou fotos que falam mais que um livro.

 

A de hoje, do abraço apertado da minha bisnetinha Maria Isabella, é uma linda imagem do amor de uma criança.

 

Não recebi quase nenhum comentário sobre a crônica postada.

 

Todos tiveram as suas atenções para a beleza da foto.

 

Recebi várias sugestões.

 

Um amigo de Florianópolis me telefonou pedindo que eu fizesse um pôster e decorasse a parede da sala de visitas.

 

Uma leitura maravilhosa de carinho e arte!

 

Eu me emocionei em escolher essa foto, apreciada por todos.

 

Hoje é um dia que as emoções estão à flor da pele.

 

Muitos cantam, outros choram, rezam, tem vestuário onde predomina o branco e amarelo para a ceia, com iguarias repletas de tradições e cultura.

 

O Ano Novo é o ano do desconhecido, quando tudo poderá acontecer.

 

A família reunida e todos com saúde é um bom indício de felicidade.

 

A saudade daqueles que estão distantes, ou vivendo em outro plano espiritual, está mais presente nos idosos nessa noite especial.

 

As crianças não têm passado, estando isentas dessas preocupações.

 

Estou há quase nove décadas vivendo este momento cheio de recordações!

 

Nos últimos anos não tenho passado o ano acordado, por antecipar a ceia com minha família, para antes da meia noite.

 

Sou supersticioso por herança, e isto não me faz mal à saúde, não abandono o amarelo na colcha e travesseiros da minha cama.

 

Escrever no dia 31 de dezembro do ano velho é uma das novas manias que adquiri para registrar o fato histórico, que ficará gravado em minha memória.

 

Feliz Ano Novo!

 

Gabriel Novis Neves

31-12-2024




quinta-feira, 2 de janeiro de 2025

#PARTIU.2025


O início de 2025 chegou trazendo aquela mistura de esperança e apreensão, que sempre pinta quando um ano novo começa.

 

Parece que o tempo voa, né?

 

Mal a gente piscou e já tá aí, trocando o calendário de novo.

 

A galera ainda tá tentando se recuperar das festas de fim de ano, aquele típico cenário: uns na vibe “vou mudar minha vida”, outros só pensando que “já tá bom só de sobreviver”.

 

As ruas cheias de gente com aquelas metas anotadas, seja no celular, no caderninho ou só na cabeça.

 

“Esse ano eu emagreço”, “vou economizar”, “vou arrumar um emprego melhor”.

 

Mas, no fundo, a gente sabe que, lá por fevereiro, metade dessas promessas já vai ser esquecida. Faz parte, né?

 

O calor continua firme, porque janeiro não dá trégua.

 

E o pessoal já tá falando de Carnaval, mesmo com ele sendo mais pra frente.

 

É sempre assim: mal começa o ano e já tão contando os dias pra cair na folia.

 

Quem é mais sossegado, já tá de olho nos feriadões, planejando viagens ou só uns dias a mais de preguiça.

 

E o Brasil, como sempre, tá naquele corre.

 

Falam de mudanças na política, economia, promessas do governo…

 

Aquele papo que todo mundo ouve, mas só acredita vendo.

 

Enquanto isso, o povo segue batalhando, porque a vida não para, né? 

 

Nas redes sociais, tá aquele show de posts motivacionais: “2025 vai ser meu ano! ”

 

“Deixa o passado pra trás! ”

 

“Gratidão por tudo!

 

“ Mas também tem os memes de quem já tá cansado antes mesmo do ano engrenar. A internet nunca decepciona.

 

Por outro lado, tem um sentimento no ar.

 

Não dá pra negar que todo início de ano traz uma pontinha de vontade de fazer diferente, de tentar algo novo.

 

É aquele recomeço simbólico que, mesmo sem grandes mudanças, dá um gás pra seguir em frente.

 

No fim das contas, o início de 2025 tá como todo começo de ano: cheio de sonhos, desafios e aquela incerteza boa do que tá por vir.

 

O importante é seguir com fé, ou pelo menos com um café!

 

Gabriel Novis Neves 

03-01-2024




NOVOS TEMPOS


Estamos em novos tempos que se repetem através dos anos, constituindo o ciclo da vida.

 

Nascemos, crescemos, vivemos e morremos da vida na Terra, diz a bíblia sagrada por milênios. 

 

Com essa certeza enfrentarei o ano novo, que espero o melhor na forma mais ampla, com ajuda da família e amigos.

 

Estou iniciando a casa dos nove, e a minha vocação é vencer a década que se inicia. 

 

Deixo o meu destino nas mãos de Deus, e do corpo aumentarei os cuidados, especialmente na ingestão de carboidratos, meu inimigo invisível. 

 

Continuarei estimulando minhas sinapses cerebrais, escrevendo e lendo diariamente. 

 

Participando da vida familiar e da cidade. 

 

Observando o desenvolvimento dos meus bisnetos e as flores do meu jardim. 

 

Ouvindo muito e falando menos, mas com vontade de ser escutado. 

 

Nascemos, crescemos, vivemos e ao longo desse caminho, aprendemos.

 

A vida, tão efêmera e imprevisível, nos convida a valorizar cada instante, cada lição, cada troca de olhares e palavras. 

 

Os anos que se passaram me ensinaram que, apesar dos altos e baixos, a essência da felicidade está nos pequenos gestos, na paciência com os outros e consigo mesmo, e na gratidão por aquilo que se tem. 

 

Neste ciclo que recomeça, vejo que, enquanto meus passos talvez já não sejam tão ágeis, minha mente ainda dança ao ritmo das lembranças e dos sonhos. 

 

Ainda há tanto a fazer, a criar, a aprender. 

 

O tempo, que se a muitos parece uma pressa incessante, para mim é agora um amigo mais lento, convidando-me a comtemplar o pôr do sol, e escutar o canto vindos dos pássaros e a rir das brincadeiras dos bisnetos. 

 

E assim sigo, consciente de que a vida é um presente, uma construção diária, uma obra que jamais termina. 

 

Vou escrevendo minha história com resiliência e fé, buscando sempre ser melhor e deixar, aos que vierem depois de mim, o exemplo de que viver é um ato de coragem e amor. 

 

Nascemos, crescemos, vivemos, continuamos a nos transformar. 

 

Afinal, o ciclo da vida não é apenas repetição — é renovação 

 

Gabriel Novis Neves 

02-01-2025




quarta-feira, 1 de janeiro de 2025

'ANNO DOMINI' 2025


Estava louco para o Ano Novo chegar para me ver livre da tristeza de dezembro, que desperta em mim sentimentos adormecidos. 

 

Comparando ao futebol, o Ano Novo significa o recomeço de um jogo que estamos jogando. 

 

É o jogo da vida. 

 

Considerando que a cada dez anos vividos significa um gol, estou ganhando o jogo da vida de goleada de nove a zero.

 

Desejo emplacar mais um gol, para arredondar o placar e sonhar com a ‘glória eterna’ do centenário. 

 

Na minha família existe exemplos de parentes que estão próximos do centenário. 

 

Há poucos dias minha prima-irmã completou 96 anos. 

 

Na faixa dos cem anos está com boa saúde e disposição. 

 

Em 2025 entro no clube dos cidadãos centenários, lúcido, cuidando da casa e apreciando meus bisnetos crescerem. 

 

Espero viver muito sem a companhia da doença do alemão (Alzheimer), que costuma atacar os idosos e velhos. 

 

Neste janeiro começa tudo de novo, até dezembro chegar, e chega logo. 

 

Voltando ao primeiro dia do Ano Novo de 2025, existem bons motivos para mergulhar no passado. 

 

Quando criança, e até partir para estudar medicina no Rio de Janeiro em 1953, minha pequena cidade era bem diferente da atual.  

 

A criançada tinha o hábito de visitar as ‘casas de presépios’, e eram muitas, em comemoração ao nascimento de Cristo, filho de Deus que veio à Terra para nos salvar do pecado. 

 

Esses antigos presépios eram desarmados, após o dia dos Santos Reis Magos. 

 

Citarei alguns que guardo na minha memória, e eram lindos e mágicos. 

 

Começava pelo do casarão assobradado de dona Balbina Orlando, na rua Voluntários da Pátria em frente à casa do meu avô Dr. Alberto Novis. 

 

Era viúva de um rico comerciante italiano, proprietário da ‘Casa Orlando’ na rua de Baixo. 

 

Contratava artistas cuiabanos para construírem o presépio que ocupava quase metade da sua ampla sala de visitas.

 

Era uma minúscula cidade onde tudo funcionava, e seus personagens e cachoeiras tinham vida. 

 

Usava pitomba também na decoração, e a criançada enchia os bolsos da frutinha. 

 

Encantou geração de cuiabanos! 

 

Outro ficava na rua do Campo, depois da casa de Nhô Nhô de Manduca, anos depois conhecida como ‘Casa de Dona Bem Bem’. 

 

Era o presépio de ‘seo’ Agostinho de Freitas, zelador eterno da Academia Mato-Grossense de Letras. 

 

Era um lindo presépio, muito visitado, parecido ao da dona Balbina. 

 

Quase todos os bairros da Cuiabá antiga, possuíam os seus presépios, uns maiores e outros mais simples.

 

Íamos aos presépios do Porto em algazarras. 

 

Algumas igrejas da cidade tinham presépios muito visitados. 

 

Com o progresso de Cuiabá, chegou a violência. 

 

Parte dos seus moradores foram para os espigões de concreto. 

 

As casas permanecem de portas fechadas assim como as igrejas, constantemente roubadas. 

 

Em fins de 1964 retornei ao meu torrão natal, casado e com mulher grávida. 

 

Hoje meus filhos, netos, bisnetos, noras e genro se reúnem na ceia do Ano Novo. 

 

Feliz Ano de 2025, com muita saúde e felicidade, para todos. 

 

Gabriel Novis Neves

01-01-2025