domingo, 6 de novembro de 2011

Desmoralização

O poder exige firmeza e atitudes duras e rápidas, como o peso do tacape dos Índios Gigantes, expulsos do seu habitat natural para a abertura da estrada Cuiabá-Santarém.

O governo atual está muito lerdo e desatento a tomadas de decisões, que terminam sempre em crises desmoralizantes.

Não é bom para a democracia um poder executivo frágil. Sem firmeza e determinação, o nosso governador tem que agir rápido para não perder a autoridade, inerente ao exercício do cargo supremo de comandante do Estado, e evitar a sua fragilidade.

Com essa excessiva tolerância, fica evidente o enfraquecimento do governador, e o que é pior, dá margens a especulações desairosas.

Diante de tanta confusão armada pelo seu secretário predileto, em um mundo onde não há santos, e enquanto permanecer atrelado a ele, o seu desgaste será crescente e inevitável.

O governador tem que ser salvo, antes que vire capa de VEJA.

O secretário há de entender que o jogo não está perdido, mas a substituição é pedida, com justiça, por todos os mato-grossenses.

O reconhecimento pelos seus inúmeros trabalhos em favor do Estado virá com o tempo.

..."Quem sabe faz a hora, não espera acontecer" - é uma poética verdade.

A última confusão da compra dos Land Rovers foi a gota de água num festival de equívocos, onerando o erário público e, principalmente, comprometendo a lisura do governo.

“Quem faz muito, erra muito. Quem faz pouco, erra pouco. Quem não faz nada, nunca erra.”

A empolgação na Rússia foi tanta que, mesmo com assistência jurídica de um advogado particular, o governador ficou em situação moral muito difícil.

Fez compras indevidas, invadiu normas das forças armadas brasileiras com uma empresa que está sendo investigada pela polícia, a troco de que?

Dez Land Rovers não são suficientes para fiscalizar as nossas imensas fronteiras, além dessa tarefa ser constitucionalmente atribuição do governo federal.

Em compensação, esse dinheiro faz muita falta aos programas prioritários do Estado, como por exemplo, aumentar o efetivo da polícia civil. Não podemos nos esquecer também que o juíz de Juina solicitou intervenção federal na saúde pública do Estado, por total incompetência de exercer suas funções constitucionais.

No jogo de xadrez, muitas vezes, sacrifica-se a peça de maior valor para se ganhar o jogo.

Chegou a hora do nosso excelente secretário deixar o governo de cabeça erguida - pelos seus inúmeros acertos -, e salvar, enquanto há tempo, o governo Silval.

Demorou demais, e o barco está à deriva.


Gabriel Novis Neves

05-11-2011

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